26 de outubro de 2013

PLENITUDE, Ariston S. Teles pelo espírito de Chiang. Livree. Sobradinho-DF. 1991.

Explicação: Chiang-Ching – foi este o som que eu ouvi quando a Entidade que assina este livro se me apresentou pela primeira vez no Centro Espiritual Monte Alverne, aqui em Brasília, em setembro de 1988. Na ocasião escreveu uma página e depois passou a comunicar-se nas reuniões de quarta-feira na Casa Espírita de Flores. Embora tenha sido visto várias vezes por outros médiuns de nosso Grupo, jamais nos passou qualquer dado autobiográfico. Sua mensagem é o retrato que temos. (médium)

Temos conhecimento de Chiang-Sing que foneticamente muito se aproxima de Chiang-Ching, porém, a palavra ‘visto’ dá uma referência masculina à entidade manifestante. Mas não é demais escrevermos aqui que Chiang-Sing foi o pseudônimo jornalístico usado por Glycia Modesta de Arroxellas Galvão, com o qual se notabilizou na imprensa brasileira. Nascida no Rio de janeiro em 1924, filha de célebres jornalistas e neta do barão de Apa, estudou no Colégio Sacre Couer de Marie, onde recebeu esmerada educação completada por uma preceptora alemã, com a qual aprendeu vários idiomas. Com a morte dos pais viajou pelo exterior percorrendo mais de trinta países dentre eles China, Índia, Tibete, Egito, Senegal, Japão e grande parte da Europa. De volta ao Brasil traduziu em livros a experiência adquirida pelo mundo. A mais famosa de suas obras é Nefertit e os mistérios sagrados do Egito, onde narra de maneira magistral a influência dessa princesa do reino do Mitani, que foi enviada ao faraó Amenóphis III em relações diplomáticas. O esplendor de sua beleza e jovialidade fez com que fosse destinada a esposar o faraó regente, Amenóphis IV, também conhecido como Ikanaton. Consoante a toda uma mística religiosa egípcia onde Nefertit teve uma participação decisiva na implantação do monoteísmo solar, narra todo o processo de iniciação faraônica, bem como a beleza da história de amor entre Nefertit e Ikanaton. Outras obras como: Mistérios e magias do Tibete, Lendas do Celeste império, Jade vermelho – contos mágicos, Embelezamento natural, As lendárias viagens de Marco Polo, Paz profunda como Yoga, Yoga para a mulher, Segredos dos sonhos, Conheça seu signo no Egito, Receitas tradicionais da cozinha chinesa, Receitas tradicionais da cozinha indiana, Receitas tradicionais da cozinha japonesa, A essência as sabedoria de Confúcio, A magia das estrelas, Ikebana – arte japonesa para arranjo de flores, Cura com Yoga e plantas medicinais, Nosso corpo perfeito pela Yoga, Yoga da alimentação, A flauta de Lin-Tsu, e a tradução de Filosofia Yogui da vida de H. Carrington completam o acervo da escritora.

Tenho como hábito ler o livro próximo ao computador aonde vai resenhando-o para a postagem no blog. Num dado momento, inseguro sobre o que havia escrito de Chiang-Sing imaginei o quão seria bom uma certeza de minha intuição através de um texto que pudesse identificá-la. Eis que logo a seguir deparo-me com um título Renovação, um diálogo entre Chen-Hu-Lin e Kin-Sung. Presente o oriente tão cantado em seus livros. Se não trouxe a certeza, ao menos firmou a coragem para a postagem deste texto.

Plenitude é um livro que contém lições para reflexões diárias. Em seu design gráfico um espaço para o comentário do leitor sobre a lição.

Lição: Saiba ser

Ter – saber – ser
Três situações da consciência. São contíguas e interligadas ao mesmo tempo.
O ter está diretamente relacionado com o ego. Aprisiona o espírito nas grades do orgulho e da vaidade.
O saber traz luzes ao horizonte mental, esclarecendo e infundindo responsabilidade.
O ser é o patamar da liberdade e oferece paz interior.
A descoberta e a vivência do ser, em constante esforço de auto-superação, desenvolve as potencialidades da centelha divina.
É assim que a consciência se expande e o Universo se descortina luminoso.
O ter e o saber tornam-se, então, instrumentos do ser nos labores do dia a dia.
O ser renasce a cada renúncia ao ter e a cada mergulho na alma do saber.
Ter – saber – ser, faixas de experiência e ascensão, degraus para a luz.

***
Fragmentos

‘A morte não altera a substância, apenas muda a forma’.

‘Os seres desencarnados que encontram possibilidades de manifestação intelectual na Terra, pelas vias de mediunidade, quando gozam da acentuada lucidez – fruto de amadurecimento evolutivo – conseguem naturalmente visualizar aspectos mais amplos da verdade universal, embora nem sempre seja possível exprimir em palavras o pensamento’.

‘Não se deve confundir o belo com o feio. A feiura ou a beleza das coisas pode ser projeção de sua sensibilidade’.

‘Alto e baixo é questão de perspectiva’.

‘O homem ainda não conhece o que está dentro dele’.

‘Muitos se prendem às coisas transitórias como sendo eternas, enquanto se ligam às coisas eternas como se fossem transitórias’.

‘O mergulho nas vidas sucessivas é exercício de libertação da consciência na matéria densa’.

‘O trabalho consciente na reconstrução da felicidade geral é terapia para todos os males’.

‘O progresso é impulso da vida, só não progride o que está morto’.

‘Refletir é sentir na alma o que os olhos ou a mente observa’.

‘Mistério é aquilo que ainda não foi descoberto’.

‘O reino da felicidade está dentro de cada ser; portanto é uma descoberta individual e interior’.


Luiz Humberto Carrião (l.carriao@bol.com.br) 

2 comentários:

  1. Chiang Sing é apaixonante para quem tem sede de conhecimento e beleza.Obrigada

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  2. A Chiang Sing que vc se refere (a escritora Glycia Modesta de Arroxellas Galvão) faleceu em 2002, então não era esse espirito não, que vc disse q?se manifestava em 1988

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