O presente livro apresenta uma
tese de elabora discussão no Movimento Espírita brasileiro – Seria Chico Xavier a
reencarnação de Allan Kardec? Um dos
primeiros a levantar essa hipótese foi o presidente da Sociedade de Medicina e
Espiritismo do Rio de Janeiro, Arthur Messena, na década de 1970. Adelino da Silveira,
de São José do Rio Preto, São Paulo, em seu livro ‘Kardec prossegue’ reafirma a
tese de Messena: Kardec e Chico são a mesma pessoa. São contestados por Wilson
Garcia em ‘Uma janela para Kardec’, Editora Eldorado & Opinião Espírita,
1996. Em referencia ao primeiro, Garcia desqualifica sua tese por fazê-la na
qualidade de presidente da SMERJ, justificando que Messena não é médico e sim
jornalista que se intitula pesquisador; sobre o segundo, Garcia diz tratar-se de uma pessoa
declaradamente ‘Chiquista’, e que, o fez com o objetivo de tornar pública sua
opinião. Garcia se junta àqueles que atribuem a última encarnação de Chico
Xavier a Dona Maria, a Louca, rainha de Portugal.
Carlos A. Baccelli elenca uma
série de justificativas para sua afirmação: desde uma advertência de um dos
guias do codificador, relatada em Obras Póstumas, até a análise da Obra
Mediúnica de Chico Xavier que, através de uma linguagem coloquial, deu em ‘O
Consolador e Religião dos Espíritos’ – um natural desdobramento ao ‘Livro dos
Espíritos’; ‘Nos domínios da Mediunidade e Seara dos Médiuns’ desdobrou o “Livro
dos Médiuns’; na ‘obra evangélica de Emmanuel’ o ‘Evangelho segundo o
Espiritismo”; ‘Céu e Inferno’ em ‘Ação e Reação e Justiça Divina’; em ‘Evolução
em dois mundos’ a “Gênese’, além de toda série de André Luiz”.
Para Baccelli a
obra de Kardec e Chico ‘se completam e, uma é importante para que melhor se compreenda
a outra. Um fato para o qual Baccelli chama a atenção é o fato de Kardec jamais
ter escrito uma só linha pelas mãos de Chico. Sempre que questionado a
respeito de ser a encarnação do Codificador, Chico desconversava.
Luiz Humberto Carrião (l.carriao@bol.com.br)
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