Corina Novelino certa feita foi
convidada por dona Maria Modesta para assumir a administração do ‘Lar da
Criança’, na cidade mineira de Uberaba. Indecisa, buscou auxilio junto à
espiritualidade superior na cidade de Pedro Leopoldo, através do médium Chico
Xavier. Relatam seus biógrafos que lá chegando, a sala onde trabalhava o médium
estava repleta de pessoas, como ela, em busca de ajuda. Parou e elevou seus
pensamentos ao Senhor, uma vez consciente que como os demais deveria esperar a
sua vez de ser atendida, se não naquele dia, no seguinte. Mas, por outro lado
vinha de longe buscar um conselho sobre o convite de dona Maria Modesto. Todos
em silêncio quando Chico chamou pelo seu nome e lhe entregou um bilhete no qual
estava escrito: ‘Corina, você é a minha última esperança em Sacramento’. Dobrou
aquele pedaço de papel, colocou-o junto ao peito, olhou para Jesus numa estampa
colocada numa das paredes da sala, e com os olhos lacrimejados agradeceu e saiu
para dar continuidade à obra de seu professor de quem na adolescência fora
aluna, e naquele momento, atuando como professora no Colégio Alan Kardec em que
estudara, em Sacramento, fundado por Eurípedes. Corina não conhecia Chico, e nem
Chico conhecia Corina. Sob a orientação espiritual de Eurípedes deu
continuidade a sua obra ‘evangelizadora de espíritos’, oportunidade em que nos
legou o livro Eurípedes – o homem e a missão – e, após o desencarne, Corina
juntou-se ao mestre onde vibra na maior sintonia junto aquele a quem aprendeu
respeitar, seguir e amar. É com essa sintonia e com esse amor, que Corina nos
lega pelas mãos de Alzira Bessa França Amui, a obra ‘Eurípedes, o espírito e o
compromisso’, onde penetra com profundidade na vida, obra e pensamento de espírito
de notável evolução, e com ele, no âmago da mensagem do Cristo: ‘ Jesus veio
anunciar o novo caminho, nos ensinado como caminhar. Suas palavras eram lições
de vida eterna; precisaríamos compreendê-las, para que através dela nos pudéssemos
modificar’. Para Corina, Eurípedes‘ era o modelo de vida do espírito, que um
dia todos haveremos de alcançar’.
Luiz Humberto Carrião.
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