O autor inicia seu trabalho com uma frase de Eric Hobsbawn: "o século XX foi breve". Iniciou com a Guerra de 1914 terminando com o fim da URSS em 1991, acabando a polarização de blocos: socialista e capitalista. Nasceu mais um Império, EUA. Como o Romano e o Carolíngio recebeu as bençãos da Igreja. Tais reflexos já são sentidos em 1997, quando o Sínodo dos Bispos - Assembléia Geral para a América Latina, convocado por João Paulo II deleta os bispos que haviam feito a opção pelos pobres. Essa é a Igreja tradicional para a qual o Céu está destinado às suas ovelhas e o Inferno ao resto da humanidade. Carece de uma pluralidade, segundo o autor, por exemplo, como aconteceu com a filosofia grega, abrir suas portas para o mundo. Ao enfocar a revelação trás uma proposta de reinício com cristianismo primitivo reavaliando dogmas e propostas Conciliares. Por outro lado, a questão dos catecismo onde batizar é mais importante que evangelizar, onde é apresentado aos cristãos o Deus de Moisés poderoso, longe do Deus do Cristo. Sobre Este levanta uma questão interessante: messias ou profeta? Se messias, está decretado fim da história dos judeus, se profeta foi ignorado sua vida humana. Aborda a participação de Deus (Pai) na morte do Jesus (Filho), onde a vê Ressurreição não como recompensa, mas parte do processo profetizado. Ao abordar a eclesiologia mostra uma igreja prisioneira de uma administração centralizada, que não é controlada, mas que a tudo controla em subserviência às regras burocráticas. Em efeito cascata, desde o Santo Padre até o padre do "fim do mundo". Prova é o que a burocracia (comandada pelo Cardeal Ratzinger) fez com a Igreja Latino-americana rotulando a Teologia da Libertação como marxista. Critica um catecismo colocado como o bastante substituindo a missiologia (missão). Quando reporta a bioética exemplifica a posição de Paulo VI condenando todos os métodos não "naturais" de contracepção, aborto, eutanásia, fecundação artificial, pílula day after afugentando fieis do mundo todo; como o desprezo à Teologia da Libertação e a perseguição ao clero a ela adepta, colocando os pobres latinos-americanos nas Igrejas Neo-pentecostais . Faz uma abordagem sobre a Teologia da Criação a partir da consciência da finitude da natureza, que despertou nos teólogos a necessidade de discutir a ecologia; seguida dos movimentos de auto-ajuda tomando como pedra angular a proposta holística - integração harmoniosa na totalidade da natureza -. No último capítulo - Sinais dos tempos - alguns questionamentos: Que tipo de cristianismo a burguesia vai instalar na Igreja? Por acaso já houve uma época em que as elites dominantes e as burguesias viveram uma vida evangélica, evangelizaram as massas populares ou se lembraram dos pobres? Se a Igreja por ventura triunfasse tornando-se a primeira força política, econômica ou cultural da América latina, o que faria com esse poder? Uma vez que a Igreja tiver acumulado um grande poder temporal, como vai fazer para conquistar consciências? Muitos relatos, Muitas perguntas (Royalties a Bertold Brecht).
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