18 de dezembro de 2013

EURÍPEDES DE BARSANULFO de Roma a Sacramento / Geraldo Peixoto de Luna – Uberaba-MG: Livraria Espírita Edições Pedro e Paulo. 2007.

Geraldo Peixoto de Luna nasceu em Bodocó-PE, sendo o caçula de uma série de 12 irmãos do casal Francisco Peixoto de Luna e de Carolina Maria Peixoto, sendo o único que conseguiu ir além do curso primário, bacharelando em Economia (1967) e em Direito (1972, pela Universidade Federal do Paraná, em Curitiba. Em 1981 aprovado em concurso publico para Promotor de Justiça e Juiz de Direito, optando pelo exercício da magistratura onde aposentou-se. Iniciou-se há muitos anos na Doutrina Espírita com sua esposa estendendo a todos os quatro filhos.

Em fevereiro de 2001 como participante da Caravana da Paz, organizada por José Luiz de Matos Gomes, da Casa do Caminho, de Londrina-PR, liderada por Hugo Gonçalves, à cidade mineira de Sacramento, tomou conhecimento sobre a obra de Eurípedes de Barsanulfo, bem como, conheceu as sobrinhas deste, Heigorina, Neoni Cunha e depois, Ionete e Maria que lhe desnudara a vida.

Em Notas dirigidas aos leitores afirma ‘Não se tratar de uma biografia do Grande Eurípedes. Apenas e simplesmente uma pesquisa e algumas considerações mais dirigidas a quem sabe pouco ou quase nada – como antes era o nosso caso – desse espírito de escol, enfatizando vidas pretéritas'.

O historiador Flávio Josefo, uma testemunha privilegiada da Palestina do primeiro século, por conseguinte, do nascimento do cristianismo, historiografou com detalhes a existência de uma comunidade de homens livres, que não possuíam escravos e nem empregados. Alguns convivendo em família, outros celibatários, vestidos com uma túnica branca, usando sandálias, para os quais os Anjos tinham um papel fundamental em suas vidas. Não existiam somente às margens do Mar Morto, onde no ano de 1947, um pastor de ovelhas descobriu os Manuscritos a eles atribuídos, que ficou conhecido como ‘Manuscritos do Mar Morto’, mas, também na Palestina, Egito e Síria. Edgar Cayse, famoso vidente americano, afirma que Maria, José, João Batista e o próprio Jesus pertenceram à seita conhecida como os ESSÊNIOS que, juntamente com os Saduceus e Fariseus subdividiam-se dentro do Judaísmo.

Em sua iniciação o noviço passava por um período de um ano de experiência, quando era observado atentamente até seguir ao segundo passo. Em sendo aprovado tornava-se membro da Comunidade Essênia.

Jesus (Raboni: título judaico: mestre) entre os 12 e 14 anos conviveu com três 3 vultos do espiritismo que reencarnaram no Brasil: Bezerra de Menezes (Lisandro), Eurípedes de Barsanulfo (Marcos) e Caibar Schutel (Josafá). As pesquisas também revelam que Bezerra de Menezes foi o Evangelista Lucas.

Eurípedes, à essa época havia sido educação por Ignácio, discípulo de João Evangelista, grande pregador da Antióquia e o primeiro espírito a comunicar com Eurípedes de Barsanulfo na pequena Sacramento.

Eurípedes foi contemporâneo de Lucas pregando na região da Palestina. Foi também o escravo Rufos, no século III e outros grandes missionários até encarnar-se em Zurich, em 1741, como Johann Kaspar Lavater, filósofo e cientista suíço, e, depois numa encarnação como um simples lenhador às margens do Rio Borá, no Triângulo Mineiro e, em primeiro de maio de 1880, reencarnou como Eurípedes Barsanulfo.

Bezerra de Menezes (1831 – 1900), Caibar Schoutel (1868 – 1930) e Eurípedes de Barsanulfo (1880 – 1918) aqui encarnaram para preceder e preparar as bases cristãs para a reencarnação no Brasil de Hyppolite Léon Denizard Rivail, Allan Kardec como Francisco Cândido de Paula, Chico Xavier.

Em 2002, a Revista Espírita ‘O Mensageiro’ localiza na cidade mineira de Uberlândia, Bráulio Alves de Oliveira, à época com 112 anos, que havia sido aluno do professor Eurípedes de Barsanulfo, no Colégio Allan Kardec, na cidade de Sacramento, a quem o repórter pediu ao entrevistado para falar de algum caso interessante sobre o mestre. Depois de dizer que foram muitos, dezenas, centenas deles, contou aquele que na hora lhe ocorreu, envolvendo a mediunidade de cura: um homem que morava numa fazenda foi até o ‘seo’ Eurípedes buscar remédios para a sua mulher que estava doente. Recebeu o medicamento e, no retorno para casa, disse para consigo mesmo: ‘isso aqui é água pura, não vai valer pra nada; vou jogar isso fora e encher o vidro com outra água, para ver o que acontece’. E, assim fazendo, deu a água para a mulher que, para sua surpresa, acabou melhorando. Noutra ocasião, precisou voltar para buscar outro medicamento, no que foi atendido por ‘seo’ Eurípedes. Só que quando este lhe entregou o remédio disse: ‘olhe, você não vai jogar esse remédio fora, como você fez da outra vez, porque sua mulher realmente está precisando tomar este medicamento.

Eurípedes Barsanulfo - de Roma a Sacramento - na sua humildade o auto afirma não tratar-se de uma grande biografia do grande missionário espírita de Sacramento. Pode até ser, mas é um livro de necessária leitura por parte de todos aqueles que simpatizam ou professam a doutrina espírita.


Luiz Humberto Carrião (l.carriao@bol.com.br)

14 de dezembro de 2013

CONSCIÊNCIA EMERGENTE – as obsessões complexas e a importância do autoconhecimento / Agnaldo Paviani (médium) pelo espírito de José Lázaro. Sintonia Editora. Votuporanga-SP. 2011.

Agnaldo Paviani nasceu em lar espírita, Valentim Gentil-SP, casado e pai de quatro filhos, como profissão a pintura industrial. Aos 14 anos de idade assumiu a direção da reunião mediúnica do Centro Espírita Caminho de Damasco, aos 15 a Associação Beneficente homônima, e, aos 17 iniciou a divulgação da doutrina através de palestras e seminários. Atualmente além da associação também dirige o Centro de Convivência Infanto-Juvenil Benedita Pimentel. Médium psicográfico, com 8 livro publicados, e orador espírita. Destina toda renda obtida com a venda dos livros psicografados, CDs, DVDs, em prol da manutenção do Centro de Convivência que atende atualmente 150 crianças e adolescentes com cursos profissionalizantes, reforço escolar, esporte e quatro refeições diárias.

José Lázaro intitula-se um espírito-espírita que considera o Espiritismo o Consolador prometido por Jesus. Apesar disso, não admite, de forma alguma, não considerar os excelentes ‘serviços’ que outras filosofias religiosas vêm prestando à Causa do Cristo. Neste sentido, externa seu profundo respeito a todas as filosofias religiosas ou não, que contribuem para a paz no Planeta. Assevera que, por questões obvias, aqueles que trabalham em segmentos espíritas e espiritualistas deveriam: Ter conhecimento profundo sobre magnetismo; Ter conhecimento sobre como trabalham os elementais; Não ter preconceitos em relação ao trabalho dos Pretos Velhos; e, Ter conhecimento sobre o que é o Fluído Cósmico Universal. Assim, terão mais chances de curar a si mesmos e auxiliar na cura de outrem nas chamadas obsessões complexas. Aquele que não investe no conhecimento das próprias sombras projeta em outros seus conflitos e frustrações; Aquele que não se perdoa cai nas malhas da culpa e da autopunição; Aquele que não se conforma e se revolta com os limites cerceadores impostos pela própria vida, demonstra grande arrogância. Adverte! Nós, espíritos que trabalhamos em parceria com os encarnados, ficamos sempre na dependência de uma maior maturidade espiritual por parte dos médiuns, para que tenhamos êxito no trabalho. Porém, volta a asseverar: sepultar as sombras íntimas sem antes aceitá-las, compreendê-las é o mesmo que confundir estados letárgicos com a morte. Em geral, o homem que se habitua a fazer o bem, acredita que seu lado sombra, de certa forma, morreu. Ou seja, está sepultado e nele só existe luz. A grande maioria está equivocada. Após esse sepultamento, essa força, esse ser, esse outro de você, acordará e fará muito barulho e estardalhaço para sair da sepultura. Nessa hora, vocês terão que aceitar o fato de que a sombra íntima estava apenas em estado letárgico. Essa sombra íntima não é propriamente nossa inimiga, mas parte de nós mesmos. Nosso objetivo, portanto, não deve ser de tentar destruir essa sombra, mas sim aceitá-la sem permitir que ela destrua nossa vida. Um espelho embaçado não pode refletir com nitidez uma imagem. Assim é a mediunidade. O ‘embaçamento’ emocional e psíquico do médium altera significativamente o teor das palavras do espírito comunicante.

Como repórter nos traz a notícia de que a ideia do Universalismo Crístico é um dos projetos em andamento e tem como objetivo unir as criaturas e as religiões em torno das ideias cristãs, porém, faz uma ressalva: em relação ao movimento espírita, notamos claramente uma dificuldade na aplicação prática das palavras ALTERIDADE e SOLIDARIEDADE. Ou seja, não há uma união, nem mesmo entre os trabalhadores da Casa Espírita, nem tampouco entre as casas espíritas. Aqueles que abraçaram a proposta de UNIFICAÇÃO já a estão divulgando em vários lugares. sabem quando necessário deixar de lado normas estatutárias para ajudar o próximo, mesmo que esta ajuda seja considerada antidoutrinária.

Abre um parêntese para chamar a atenção de espiritualistas e principalmente dos espíritas:

Não se permitam acomodar no que tange às pesquisas e estudos sobre a vida fora da matéria mais densa. Há muita coisa ainda ignorada por aqueles que acreditam tudo saber sobre o plano espiritual.

Não sejam tão conservadores, tenham coragem de pesquisar, de admitir que não sabem. Libertem-se dessa arrogância imbecil que faz com que acreditem tudo saber sobre o mundo dos espíritos.

Kardec, André Luiz e tantos outros trouxeram para os encarnados apenas parte da verdade. Há ainda muita coisa a ser explicada e compreendida.

Abram a mente, coloquem-se na condição de aprendizes e não de ‘supostos professores’. Líderes, Presidentes de Centros Espíritas, Oradores, Formadores de Opinião... Aprofundem seus estudos. Grande parte do que existe além da vida, ainda é um enigma a ser desvendado.

Com todo respeito aos romances mediúnicos – muitos deles uma ‘novelinha’ onde tudo acaba bem no final -, é hora de falar das Trevas, de trazer à tona os planos nefastos dos Senhores da Maldade. Consolar é necessário, esclarecer as pessoas é ainda mais importante.

Não se acomodem não se permitam a prática de um Espiritismo estagnado, preso a preconceitos, escravizados pelas normas de diretoria.

É hora de agir! É hora de descer de cima do muro!


Luiz Humberto Carrião (l.carriao@bol.com.br)